Os Atlanta Hawks derrotaram os Los Angeles Lakers por 122-102 em um jogo que deixou a NBA de olho. A vitória, ocorrida em Atlanta no domingo, 9 de novembro de 2025, às 18h22 UTC, encerrou uma sequência de sete vitórias consecutivas dos Lakers e transformou o jogo em um dos maiores choques da temporada regular da NBA. Os Hawks, que entraram em quadra com um elenco incompleto e sem grandes nomes da mídia, jogaram com uma intensidade que surpreendeu até os mais otimistas — e deixou os californianos sem respostas.
Um jogo de controle absoluto
Não foi apenas a pontuação que impressionou. Foi a forma. Os Hawks construíram uma vantagem de 30 pontos no terceiro quarto, com uma movimentação ofensiva que desmontou a defesa dos Lakers em vários momentos. A equipe de Quin Snyder não dependeu de um único astro — distribuiu a responsabilidade como se fosse um time de campeões. Mouhamed Gueye foi o catalisador: 21 pontos, 7 ressaltos e 7 assistências, com defesa agressiva e visão de jogo que transformou cada transição em ameaça. Ele não foi o único. Cinco jogadores dos Hawks anotaram entre 10 e 18 pontos, e o banco foi decisivo. O reserva Daniels, por exemplo, somou seis rebotes e três roubos de bola, sendo descrito por analistas como "um fantástico marcador do banco".
Enquanto isso, os Lakers pareciam em modo automático. Luka Doncic fez 22 pontos, 5 ressaltos e 11 assistências — uma atuação individual digna de destaque — mas foi como se jogasse sozinho contra dez. O time californiano errou 18 dos 24 arremessos de três pontos, incluindo apenas 1 acerto nos 15 primeiros minutos do segundo quarto. Marcus Smart, armador titular, lutou para manter o ritmo, enquanto Kristaps Porzingis, apesar de uma enterrada memorável, não conseguiu impor seu jogo no interior. Austin Reaves e Rui Hachimura (muitas vezes confundido como "Eightton" nas transcrições) foram silenciosos, e a equipe perdeu o foco defensivo em momentos cruciais.
Por que isso importa?
A derrota dos Lakers não é apenas um tropeço — é um alerta. Eles entravam no jogo com recorde de 7-3, considerados favoritos para o título da Conferência Oeste. Mas a derrota para uma equipe com 5-5, sem estrelas globais e com três jogadores principais fora por lesão, expõe uma fragilidade: falta de profundidade. Enquanto os Hawks contam com sete jogadores capazes de liderar a equipe em um dado momento, os Lakers ainda dependem demais de Doncic. E quando ele é marcado, como foi neste jogo, o time desaba.
"É um jogo que você não pode perder", disse um analista da ESPN África na transmissão ao vivo. "Quando você tem um elenco como o dos Lakers, esperam que você vença times como este. Não importa se estão sem dois titulares. Se você é um campeão, vence mesmo assim. E hoje, eles não venceram."
Um confronto raro, mas significativo
Essa foi a primeira vez que os Hawks e os Lakers se enfrentaram na temporada 2025 — e a 27ª vez desde 2010. Por conta da estrutura da NBA, equipes da Conferência Leste só enfrentam as da Oeste duas vezes por temporada, o que dificulta o ajuste tático. "É como jogar contra um estranho que você só vê duas vezes por ano", explicou um ex-técnico da NBA em análise pós-jogo. "Você não sabe como ele vai reagir. E hoje, os Hawks surpreenderam."
Historicamente, os Hawks — fundados em 1946 como Tri-Cities Blackhawks e sediados em Atlanta desde 1968 — sempre tiveram um papel secundário no palco da NBA. Já os Lakers, com 17 títulos e lendas como Magic Johnson e Kobe Bryant, são sinônimo de grandeza. Mas em 2025, a história está se reescrevendo. A vitória de Atlanta não é um acidente. É o resultado de um trabalho silencioso, de desenvolvimento de jovens talentos e de um sistema ofensivo que prioriza movimento, não individualidade.
O que vem a seguir?
Os Hawks voltam à quadra na quarta-feira, contra os Boston Celtics — um teste ainda maior. Já os Lakers enfrentam os Golden State Warriors na sexta, em uma partida que pode definir o rumo da temporada. Se não corrigirem o erro de não confiar no elenco, a derrota de 9 de novembro pode ser apenas o começo de uma queda mais profunda.
Contexto histórico e rivalidade
Os confrontos entre Hawks e Lakers são raros, mas sempre carregam peso. Na temporada passada, cada equipe venceu uma partida — um empate que reflete a dificuldade de se estudar adversários de outra conferência. Mas esta vitória de Atlanta muda o jogo. Pela primeira vez em anos, os Hawks demonstraram que podem competir com os grandes — não por sorte, mas por sistema, disciplina e coragem. E isso, mais do que qualquer placar, assusta a liga.
Frequently Asked Questions
Como os Hawks conseguiram vencer apesar das ausências?
Apesar de terem três jogadores principais fora por lesão, os Hawks contaram com profundidade e um sistema ofensivo baseado em movimento. Cinco jogadores anotaram entre 10 e 18 pontos, e o banco, liderado por Daniels, foi decisivo com defesa e rebotes. A equipe não dependeu de um único jogador — o que desgastou a defesa dos Lakers e permitiu múltiplas opções de ataque.
Por que Luka Doncic não conseguiu salvar os Lakers?
Doncic teve uma atuação individual brilhante — 22 pontos e 11 assistências — mas os Lakers não tiveram suporte. O time errou 18 de 24 arremessos de três pontos e sua defesa foi desorganizada. Quando Doncic foi marcado, ninguém mais assumiu a responsabilidade. A equipe parece ainda depender demais de um único jogador, o que foi explorado pelos Hawks com trocas rápidas e pressão constante.
Qual é o impacto dessa derrota na corrida pelos playoffs?
Para os Lakers, a derrota é um sinal vermelho: eles não são mais invencíveis. Com o recorde caindo para 7-3, a pressão aumenta para manter uma das primeiras vagas da Oeste. Já os Hawks, agora com 5-5, se tornam uma ameaça real na Conferência Leste. Se mantiverem esse nível, podem entrar na briga por uma vaga direta — algo que não acontecia desde 2021.
Quando será o próximo jogo entre Hawks e Lakers?
A NBA agenda dois confrontos por temporada entre equipes de conferências diferentes. O próximo jogo entre os Hawks e Lakers está previsto para abril de 2026, ainda sem data exata divulgada. Será em Los Angeles, e será um teste crucial para ver se Atlanta mantém o nível ou se a vitória de novembro foi apenas um momento isolado.
O que a vitória dos Hawks significa para o basquete americano?
Ela mostra que o basquete moderno não precisa de estrelas globais para vencer. O modelo dos Hawks — baseado em coletividade, movimento e defesa inteligente — está se tornando um novo padrão. Isso desafia a ideia de que só os times com grandes salários podem competir. É uma lição para toda a liga: talento distribuído vence talento concentrado — quando bem coordenado.
Quem foi o jogador mais surpreendente da partida?
Além de Mouhamed Gueye, o reserva Daniels foi o maior surpresa. Com pouco mais de 20 minutos em quadra, ele acumulou seis rebotes, três roubos e foi um dos principais responsáveis por interromper as transições dos Lakers. Sua atuação foi tão impactante que gerou debates nas redes sociais sobre sua possível convocação para a seleção nacional — algo inédito para um jogador de banco com pouco reconhecimento até então.