Quando Ana Silva, climatologista‑chefe do Instituto Nacional de Meteorologia analisou os dados de 1º de outubro de 2025, constatou‑se uma onda de calor que rompeu recordes em várias capitais do Sudeste. Em Cuiabá a temperatura chegou a 40 °C, enquanto Campo Grande registrou 38,3 °C. Na metrópole paulista, São Paulo subiu para 31 °C – cinco graus acima da média histórica – e o Rio de Janeiro não ficou atrás, tocando 32 °C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já alertava para um mês de calor extremo, e a MetSul Meteorologia reafirmou a tendência de temperaturas acima da média em toda a região Sudeste‑Centro‑Oeste.
O Sudeste costuma ter dias amenos no início de outubro, mas o aquecimento global tem adiantado picos térmicos. Dados de setembro de 2025 mostraram que estados como Mato Grosso, Goiás e até o interior de São Paulo já viviam termômetros próximos dos 40 °C. Esse cenário se alinha a pesquisas da Climatempo, que apontam um aumento de 0,2 °C por década nas médias anuais brasileiras.
Segundo o Inmet, a tarde de 30 de setembro foi a mais quente em São Paulo desde março de 2025, com 33,5 °C – quase o recorde de 34,8 °C registrado em 2 de março de 2025. Em Campo Grande, o termômetro marcou 38,3 °C, segunda maior marca do ano, ficando atrás apenas dos 38,7 °C de 11 de setembro.
O secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Alves, declarou em coletiva que a capital está em estado de alerta vermelho por risco de desidratação e incêndios florestais. A equipe do Inmet divulgou orientações: hidratação constante, evitar esforço físico entre 10h e 16h, e procurar áreas sombreadas. Já a MetSul Meteorologia enviou avisos de baixa umidade, que podem provocar poeira e agravos respiratórios.
Com a energia elétrica sob pressão, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já alertava para risco de racionamento nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Agricultores do Triângulo Mineiro relataram necessidade de irrigação extra, elevando custos de produção em até 15 %. No setor de saúde, hospitais públicos registraram aumento de 12 % em atendimentos por problemas térmicos nas primeiras 24 horas de outubro.
A MetSul Meteorologia previu que outubro será marcado por “alternância de tempestades isoladas e ondas de calor prolongadas”. No Sudeste, a expectativa é de que 20 % dos dias ultrapassem 35 °C, enquanto no Centro‑Oeste esse número pode chegar a 30 %. O Rio Grande do Sul pode registrar máximas próximas de 40 °C nos municípios do norte do estado, embora massas de ar frio ainda possam trazer noites mais amenas.
Desde 2000, o país já enfrentou oito ondas de calor classificadas como severas. A mais marcante foi em 2015, quando termômetros bateram 44,8 °C em Teresina. Estudos do CPTEC apontam que a frequência desses eventos dobrou nos últimos 15 anos, reflexo da elevação da temperatura média global em 1,1 °C desde o início do século.
Em resumo, o 1º dia de outubro de 2025 sinaliza que o Brasil entra em uma fase crítica de calor intenso, exigindo respostas coordenadas entre governo, ciência e população.
O risco de desidratação, insolação e agravamento de doenças respiratórias sobe drasticamente quando a temperatura ultrapassa 35 °C e a umidade cai abaixo de 12 %. Hospitais de São Paulo já registraram um aumento de 12 % em atendimentos por crises térmicas nas primeiras 24 horas do mês.
Beber água regularmente, evitar atividade física entre 10h e 16h, usar roupas leves e protetor solar, além de procurar ambientes climatizados ou sombreados. É recomendável também reduzir o uso de eletrodomésticos que geram calor interno.
Nos estados do Triângulo Mineiro e do interior de Goiás, a necessidade de irrigação extra pode elevar os custos de produção entre 10 % e 15 %. Além disso, a baixa umidade aumenta o risco de incêndios em áreas de cultivo, pressionando ainda mais a cadeia produtiva.
A previsão aponta uma alternância entre tempestades isoladas e períodos prolongados de calor extremo, com cerca de 20 % dos dias no Sudeste ultrapassando 35 °C e até 30 % no Centro‑Oeste. O risco de racionamento de energia elétrica também aumenta à medida que a demanda por ar‑condicionado cresce.
Embora não tenha batido recordes nacionais como a de 44,8 °C em Teresina (2015), a amplitude entre a temperatura máxima de 40 °C em Cuiabá e a média histórica de outubro demonstra que a frequência de picos térmicos está crescendo, alinhado aos estudos do CPTEC que apontam o dobro de ocorrências severas nos últimos quinze anos.
outubro 1, 2025 AT 22:51
O fenômeno de calor extremo observado no Sudeste em 1º de outubro de 2025 apresenta um incremento anômalo de 5 °C acima da média histórica, conforme a análise termodinâmica dos registros do Inmet.
Utilizando modelos de simulação climática baseados em algoritmos de ensemble, verifica‑se que a probabilidade de recorrência de eventos semelhantes nos próximos três meses supera 70 %.
Tal aumento está correlacionado com a elevação da concentração atmosférica de gases de efeito estufa, especialmente CO₂, que atingiu 416 ppm segundo o monitoramento global.
Do ponto de vista hidrológico, a umidade relativa inferior a 12 % compromete a estabilidade dos solos, favorecendo a emissão de poeira fina que pode agravar quadros respiratórios.
As redes de transmissão elétrica, operadas pelo ONS, já apresentam tensões críticas, demandando a implementação de protocolos de resposta rápida (PRR) para evitar racionamentos.
Na agricultura, a necessidade de irrigação adicional eleva o consumo hídrico em até 15 %, recomendando a adoção de sistemas de irrigação por gotejamento de alta eficiência.
Do ponto de vista sanitário, hospitais devem reforçar unidades de terapia intensiva (UTI) para atender ao aumento de 12 % nos casos de hipertermia.
Políticas públicas devem priorizar a expansão de áreas verdes urbanas, que funcionam como sumidouros térmicos naturais.
Além disso, a implementação de telhados verdes pode mitigar o efeito ilha de calor nas grandes metrópoles.
Recomenda‑se, ainda, a revisão dos padrões de construção civil, incorporando normas de isolamento térmico nas edificações novas.
Em termos de comunicação, as agências de meteorologia precisam padronizar alertas de risco vermelho em tempo real, utilizando plataformas de mensagem instantânea.
O uso de sensores IoT distribuídos em pontos estratégicos permite monitorar a temperatura e umidade em escala microclimática.
É imperativo que o Ministério da Saúde desenvolva campanhas educativas voltadas para a população vulnerável, especialmente idosos e crianças.
Finalmente, a comunidade científica deve intensificar pesquisas de modelagem climática regional para aprimorar a precisão das previsões de longo prazo.
Em suma, o tratamento coordenado entre setores públicos, privados e a sociedade civil é essencial para mitigar os impactos deste evento de calor extremo.
outubro 2, 2025 AT 12:44
É realmente importante que a gente mantenha a hidratação e procure sombra sempre que possível. A recomendação de evitar esforço físico entre 10h e 16h pode salvar muitas vidas, especialmente nos bairros mais vulneráveis. Lembrar de usar roupas leves e protetor solar também ajuda a reduzir o risco de insolação.